Acusado de matar e queimar corpo de mulher na região vai a júri popular nesta quinta-feira
Crime aconteceu em fevereiro de 2023.
O Poder Judiciário da Comarca de Capinzal realizará nesta quinta-feira (15), o júri popular de um homem de 41 anos acusado de matar e queimar o corpo de sua companheira no município de Ipira.
A sessão começará às 9 horas, na Câmara de Vereadores de Ouro e será presidida pela Juíza Jéssica Evelyn Campos Figueiredo Neves, que assumiu a Vara Criminal em 18 de julho. O Promotor de Justiça Douglas Dellazari atuará na acusação, enquanto a defesa será conduzida pelo advogado Lucas Melere Bittencourt.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu, de iniciais AVM, teria cometido o feminicídio contra sua companheira, LL, à época com 59 anos, por meio de asfixia. O crime ocorreu provavelmente no final da tarde de 12 de fevereiro de 2023, dentro de uma residência na Avenida XV de Agosto.
Segundo o relato, no dia dos fatos, após um desentendimento entre o casal, o acusado desferiu um tapa na vítima e a segurou pelo pescoço até a morte.
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O Ministério Público alega que o crime foi motivado por interesse patrimonial. AVM usava o patrimônio da vítima para seu próprio benefício, como empréstimos de dinheiro para despesas pessoais (divórcio, transporte, entre outros), gerando diversas dívidas em seu nome. O réu também tinha acesso ao veículo e às senhas do telefone celular e do cartão bancário da vítima.
Após o crime, AVM, segundo a denúncia, apropriou-se do celular da vítima e comprou bebidas alcoólicas e drogas usando pagamentos por Pix. O corpo da mulher permaneceu dentro do imóvel por dois dias.
Em 14 de fevereiro de 2023, por volta das 21h, o acusado transportou o cadáver, enrolado em um cobertor e dentro de um Fiat Palio pertencente à vítima, até um antigo porto próximo à UHE Machadinho, em Piratuba, onde ateou fogo. Após queimar o corpo, ele lançou parte dos ossos no leito do rio e deixou o restante no local.
Natural de Machadinho (RS), AVM foi detido dias depois pela polícia e permanece no Presídio Regional de Joaçaba, à disposição do Poder Judiciário. Ele será julgado por homicídio triplamente qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver.