Agente prisional do presídio de Joaçaba é preso por suspeita de tortura

Inquérito apurou violência contra presos, funcionários e familiares de detentos da unidade de Caçador.

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Agente prisional do presídio de Joaçaba é preso por suspeita de tortura

Um agente prisional que atuava no presídio regional de Joaçaba e ex-diretor dos presídios de Caçador e Chapecó foi preso junto com outro ex-diretor nesta terça-feira, 18.

As prisões aconteceram pela suspeita dos crimes de tortura, corrupção passiva e concussão. Segundo a Polícia Civil, detentos e funcionários estão entre as vítimas dos suspeitos.

O ex-agente prisional de Joaçaba foi preso em Erval Velho por agentes do Setor de Investigações Criminais (SIC), de Herval d´Oeste. A outra prisão aconteceu em Caçador.

Conforme o delegado Adriano Delfino, responsável pelas investigações, os crimes ocorreram entre 2012 e 2018, quando atuavam na unidade prisional.

O homem preso em Erval Velho estava exercendo até terça o cargo de agente prisional em Joaçaba. Chegou a ser diretor do presídio de Caçador e foi transferido para a Penitenciária Agrícola de Chapecó, onde também atuou como diretor.

Ele foi exonerado do cargo m Chapecó em setembro deste ano, depois que a companheira dele foi flagrada em Joaçaba dirigindo uma viatura do Departamento de Administração Prisional (Deap) sem habilitação e sem utilizar o cinto de segurança. O flagrante na época foi feito por policiais civis de Joaçaba.

Segundo o delegado Delfino, desde o começo do ano corria em paralelo ao inquérito civil o inquérito criminal apontando que ao menos 28 pessoas sofreram tortura, conforme a investigação da Polícia Civil.

O caso foi encaminhado ao Judiciário. O Departamento de Administração Prisional confirmou em nota as prisões.

"A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SJC) informa que os agentes penitenciários Felipe Carlos Filipiacki e Antônio Cícero de Oliveira foram presos em cumprimento a mandados de prisões expedidos pela Comarca de Caçador nesta terça-feira (18). As prisões são resultado de um processo de investigação realizado pelo Ministério Público e Polícia Civil de Santa Catarina e está sendo acompanhada pela Corregedoria-Geral da SJC, que está auxiliando no que é requisitada. Todas as medidas legais e administrativas já foram tomadas no âmbito da Secretaria e os detalhes do processo cabem aos órgãos que iniciaram a investigação".

Fonte:

Com informações do G1

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