Atrasado e menos intenso: La Niña deverá surgir até novembro; saiba detalhes do fenômeno em SC
Administração Oceânica e Atmosférica Nacional destaca que o La Niña deve persistir até janeiro/março do ano que vem.
O fenômeno La Niña tem 60% de chances de surgir até novembro deste ano. Atualmente, existe uma fase de neutralidade, quando nenhum dos dois fenômenos (La Niña e El Niño) atuam. As informações são da Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional).
O órgão destaca que o La Niña tem 60% de chances de surgir até novembro e persistir até janeiro/março do ano que vem. “A probabilidade de La Niña é um pouco menor do que no mês passado, no entanto, e é provável que seja um evento fraco”, aponta a Noaa.
A probabilidade caiu nos últimos meses e isso significa que embora o fenômeno ainda seja favorecido “estamos menos confiantes no surgimento de La Niña”, aponta o órgão.
Boletim agroclimático
A previsão do Boletim agroclimático do Inmet ( Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que no geral, m anos de La Niña, ocorre redução da chuva na Região Sul do País, enquanto nas regiões Norte e Nordeste, há um aumento da chuva.
Entretanto, o clima no Brasil não é apenas influenciado pela atuação desse fenômeno, pois, segundo o Inmet, existem outros fatores a serem considerados, que também interferem nas condições de tempo e clima no País, podendo atenuar ou intensificar os efeitos do La Niña.
Por isso é necessário acompanhar constantemente as condições climáticas, especialmente nas regiões produtoras.
Na Região Sul, a previsão de chuva abaixo da média pode prejudicar o início da safra de grãos nos Estados do Paraná e Santa Catarina. Porém, o Rio Grande do Sul, pode ser beneficiado por chuvas mais regulares, favorecendo as lavouras de inverno que ainda estão em campo, bem como o plantio da safra 2024/2025.
Porém, pode haver redução dos níveis de umidade no solo no mês de dezembro, caso o fenômeno La Niña se estabeleça
La Niña em SC
Segundo dados da Defesa Civil, a primavera começou relativamente seca em Santa Catarina, com chuvas abaixo da média no decorrer do mês de Setembro. Estas condições mudam em outubro, quando as previsões indicam volumes próximos à acima da média climatológica em todo o estado.
Para novembro e dezembro, os volumes previstos continuam próximos a acima da média nas regiões litorâneas e Vale do Itajaí, entretanto, no Grande Oeste o padrão é invertido, com valores entre a média e abaixo, com chuvas que ocorrem de forma irregular nestas regiões.
Vale ressaltar que, mesmo com a previsão de chuva irregular e menos frequente no estado, eventos de chuva intensa e temporais com raios, rajadas de vento e granizo ainda devem ocorrer, resultando em transtornos.
As previsões também indicam que o próximo trimestre será marcado por temperaturas acima da média histórica, segundo o órgão.