Chuvas em SC: Barragem pode inundar Blumenau e Taió tem mais de 2 mil imóveis tomados pela água

Ainda em Taió, circulação no centro limitada a barcos.

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Foto: Juan Todescatt/NSC TV
Foto: Juan Todescatt/NSC TV

A enchente que atinge Taió, no Alto Vale do Itajaí, há uma semana, já inundou 2.556 imóveis da cidade, entre os quais 1.377 são casas agora desocupadas por moradores. Um balanço dos estragos foi divulgado pela prefeitura local nesta sexta-feira (13), ocasião em que a região central do município segue tomada pelas águas do Rio Itajaí do Oeste e com circulação limitada a barcos de ajuda humanitária.

A cidade inundada tem cerca de 18 mil moradores e teve 34% de suas edificações atingidas pela enchente, segundo a Secretaria de Planejamento municipal. Especificamente no Centro, cortado pelo Rio Itajaí do Oeste, cerca de 70% dos imóveis foram diretamente afetados.

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Por volta das 15h desta sexta, o rio tinha 11,32 metros de altura. O nível normal dele é de 5 metros. Nesta última semana de cheias, ele chegou a atingir 12,40 metros, maior medição da história, embora a cidade não tenha dados oficiais.

A prefeitura considera as medições feitas por um antigo habitante de Taió, Aldo Bogo. Os registros dele apontam que, em 1983, durante a maior enchente do Vale, o Rio Itajaí do Oeste atingiu 11,85 metros.

Apesar da chuva ter cessado na região, o ritmo de baixa do nível do rio ainda é menor do que o ideal, uma vez que a barragem de Taió segue com comportas fechadas e vertendo água. Na quarta (11), a estrutura chegou a ser aberta, após o prefeito da cidade fazer um apelo à Defesa Civil.

Entre os moradores que precisaram deixar suas casas, 140 deles estão em um abrigo público da prefeitura. O espaço precisou ser improvisado, no entanto, em Pouso Redondo, cidade vizinha. Há ainda famílias de Taió que não precisaram deixar suas casas, mas estão ilhadas. A prefeitura estima que 20% da área rural esteja inundada.

Foto: Juan Todescatt/NSC TV
Foto: Juan Todescatt/NSC TV

Blumenau

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, Coronel Armando, esteve nesta sexta (13) em Blumenau. O motivo da visita foi acompanhar as tomadas de decisão relativas à gestão da enchente que atinge o Vale e o Alto Vale do Itajaí.

Em coletiva de imprensa, o secretário detalhou a situação das barragens que ficam acima de Blumenau e que afetam o nível do rio Itajaí-Açu na cidade. Ele disse que, mesmo com nível elevado, a barragem de José Boiteux é uma infraestrutura segura, da mesma forma que as duas outras barragens.

“Ela está segura, enfrentamos um período de 12 dias de chuva em outubro, em três rodadas. Estamos encerrando este ciclo. (…) A barragem de José Boiteux ela nunca verteu. Ela contém 357 milhões de metros cúbicos”, disse o comandante da Defesa Civil do Estado.

‘Se eu abrir agora, eu inundo Blumenau’

Durante a coletiva de imprensa, Luiz Armando Schroeder mencionou que o protocolo de reabertura das comportas da barragem será seguido e que ele somente ocorrerá quando o nível do rio Itajaí-Açu estiver mais baixo em Blumenau.

“Nós só operamos de forma técnica e se eu abrir agora, eu inundo Blumenau. Então temos que segurar Blumenau e o mesmo acontece em Taió e Ituporanga. Às vezes a gente sofre pressão de algumas pessoas para abrir a barragem, mas isso ocorre somente a partir de critérios técnicos”, afirmou o chefe da Defesa Civil de Santa Catarina.

Fonte:

NSC / ND+

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