A partir desta segunda-feira (24) e pelos próximos 30 dias, a Confederação Nacional dos Transportes vai percorrer toda a malha rodoviária pavimentada de Santa Catarina. A Pesquisa CNT de Rodovias 2024 vai avaliar a situação das estradas catarinenses, começando pela BR-282.

Serão mais de 3,5 mil quilômetros percorridos de carro para coletar as informações que irão compor um mapa que mostrará as condições de trafegabilidade e segurança das vias. O automóvel é equipado com câmeras instaladas no capô e no teto. Para conseguir coletar as informações necessárias, o veículo deverá trafegar a 60 quilômetros por hora.

A pesquisa é uma parceria da CNT com as federações estaduais do setor, e é o maior estudo sobre a infraestrutura rodoviária do Brasil.

O vice-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Riberto Lima, afirma que a pesquisa é fundamental para a gestão pública e também para a população.

A pesquisa da CNT deve construir um mapa de todas as estradas pavimentadas do Brasil. Assim como em Florianópolis, nesta segunda (24) a pesquisa iniciou em outras 12 cidades pelo país.

As estradas serão classificadas como ótima, boa, regular, ruim ou péssima com base em três critérios:

• pavimento (por exemplo, a condição da pista e do acostamento);
• sinalização (como as faixas adicionais e laterais, visibilidade e legibilidade das placas);
• e geometria da via (tipo de rodovia, curvas perigosas e presença de acostamento).

Em todo Brasil, a previsão é percorrer 112.053 quilômetros de rodovias em um mês. A Pesquisa também pode subsidiar estudos e políticas setoriais de transporte, além de projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa que possam resultar em ações que promovam o desenvolvimento do setor transportador brasileiro.

Na pesquisa de 2023, as rodovias federais catarinenses registraram 7.789 acidentes e 364 mortes. O levantamento da CNT estima que os custos estimados dos acidentes em rodovias federais no ano passado cheguem a R$ 382,16 milhões.

Foram mapeados 34 pontos críticos. Seria necessário R$ 3,7 bilhões para ações emergenciais de reconstrução e restauração, assim como na manutenção.