Conselheiro tutelar investigado por crime sexual contra a enteada é preso em SC

Homem foi detido em um hotel e a suspeita é de que estava em tentativa de fuga.

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Fotos: Polícia Civil, Divulgação
Fotos: Polícia Civil, Divulgação

Foi preso na manhã desta quarta-feira (18) o conselheiro tutelar de Tijucas investigado por crime sexual que teria cometido contra a enteada adolescente. O inquérito policial foi instaurado na última segunda-feira (16), quando a mãe e a irmã da vítima procuraram a delegacia e registraram boletins de ocorrência sobre o caso.

O homem foi detido em um hotel em Porto Belo, cidade que fica a cerca de 13 quilômetros de distância de Tijucas. De acordo com o delegado Rodrigo Dantas, responsável pelas investigações, há indícios de que ele estava em tentativa de fuga.

Ao Diário Catarinense, Bianca Machado, secretária de Assistência Social e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, informou que o conselheiro segue afastado do cargo. Segundo ela, nesta quinta-feira (19) acontecerá uma reunião extraordinária com o colegiado do Conselho Municipal da Criança que tomará uma decisão sobre a possibilidade de exoneração. Bianca adiantou, no entanto, que o homem perderá o cargo “com certeza, não tem outro caminho”.

Entenda o caso

Na segunda-feira, familiares da adolescente procuraram a polícia e registraram dois boletins de ocorrência contra o conselheiro tutelar. De acordo com relatos de testemunhas, a jovem estaria sofrendo coação e grave ameaça para praticar relações sexuais com o padrasto.

Diante disso, a Polícia Civil instaurou um inquérito e, durante as investigações, pediu pela busca e apreensão e prisão temporária do investigado. O pedido foi acatado pelo Ministério Público e a Justiça determinou a prisão.

Segundo o delegado, a jovem tem 15 anos, mas convive com o suspeito desde antes de completar 14 anos. As investigações, portanto, buscam desvendar desde quando o ato é praticado para determinar a tipificação do crime sexual.

 — Se foi antes dos 14, o crime é de estupro de vulnerável, mas se foi depois e houve coação, é estupro — explica o delegado. Quando foi conduzido à delegacia pela primeira vez, na segunda-feira, o padrasto não negou as práticas sexuais com a enteada, mas não permaneceu detido porque não houve flagrante.


Fonte:

NSC

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