Cúmplice
Cúmplice
Cristiane do Carmo Alves Paes, prima da menina de 14 anos supostamente vítima de estupro praticado pelo ex-deputado Nelson Goetten , que é investigada pelo aliciamento das adolescentes, chegou a morar por algum tempo em Joaçaba entre os anos de 2009 e 2010, data em que os fotos teriam acontecido. Ela mantinha na cidade, junto com o ex-marido, uma empresa de serviços gerais. Cristiane se deslocava constantemente para as cidades de Rio do Sul e Balneário Camboriú, onde os supostos crimes aconteceram.
Em 2010, por problemas financeiros, a empresa de Joaçaba foi fechada e Cristiane se separou do marido. Segundo fontes ligadas ao ederluiz.com, existem dívidas trabalhistas ainda a ser quitadas pela empresa, que funcionava na Rua Getúlio Vargas. O envolvimento A polícia afirma que era Cristiane do Carmo Alves Paes, 28 anos, era quem aliciava as garotas para o político. Ela seria parente de uma das meninas. Na investigação consta como tia dela e em outras partes como sendo prima. O abuso teria ocorrido no final de 2009 no apartamento em Meia-Praia (Itapema). Além de intermediar o estupro em troca de dinheiro, Cristiane teria participado dos atos sexuais. Um tio da menina de 14 anos procurou a delegacia de Tijucas, na Grande Florianópolis, depois que um amigo da família que foi casado com Cristiane contou a ele que a ex-mulher estava trabalhando "como cafetina de adolescentes, agenciando meninas novas para saírem com homens mais velhos, inclusive vendendo a virgindade de algumas meninas". O primeiro encontro ocorreu depois de um lanche, pouco depois de um show musical em Porto Belo. A garota relata que, ao chegarem lá, encontraram Nelson e outras três adolescentes que não conhecia. A menina disse que no show Cristiane lhe serviu bebida alcoólica e no final todos foram a uma "zona" em Itapema, onde ingeriu mais bebida alcoólica misturada com algum tipo de droga, que passou mal e desmaiou. A polícia relatou que às 2 horas da madrugada desse dia a garota foi levada ao apartamento de Nelson em Itapema. A menina disse que percebeu ter sido violentada ao acordar com as pernas sujas de sangue. Num segundo encontro, a menina disse que ouviu telefonema de Cristiane em que ela disse a Nelson que estava precisando de dinheiro e que iria mandar a menina a ele. A adolescente disse que começou a chorar e que não iria, mas que Cristiane a mandou tomar banho, fazer uma prancha no cabelo e depois lhe disse: 'trate de fazer ele feliz hoje'. A menina afirmou que nesse dia Nelson a buscou em sua caminhonete e seguiram para o Motel 3 Chalet's, em Rio do Sul. No local, beberam uísque com energético e que Nelson amarrou as suas mãos e os pés com uma blusa e a sua calcinha em uma banqueta de bar alta com ferro antes de violentá-la, oferecendo-lhe ainda R$ 350 em dinheiro. A menina informou que Nelson a deixou na casa de Cristiane, mas na frente do imóvel entregou R$ 250 dizendo que era para dar R$ 200 a Cristiane e que ficasse com o resto. Ela afirmou ter entregue todo o dinheiro a Cristiane e que antes de sair do carro Nelson a puxou pelos cabelos, deu um beijo no rosto e disse: 'tchau lindinha'. A filmagem No primeiro estupro, a garota relatou à polícia que, ao acordar, viu Cristiane e Nelson pelados na mesma cama e que ele então retirou uma filmadora de cima da TV e uma mídia de DVD. Isso a fez desconfiar que toda a situação tinha sido filmada. A garota disse também que as outras duas adolescentes que estavam no apartamento lhe disseram que Nelson e Cristiane filmaram tudo e que depois mostraram o DVD a elas. Apesar dos relatos, a polícia ainda não encontrou nenhuma filmagem da suposta gravação dos atos sexuais. Ligação Goetten disse nesta terça-feira a imprensa que o relacionamento que mantinha com Cristiane do Carmo Alves Paes era apenas de amizade no meio político. Ele ficou no auditório da Deic e não na carceragem. A Deic justificou a medida para manter a sua segurança pessoal, pois acredita que estaria colocando em risco a vida do preso caso fosse colocado com os outros detentos.