Especial - Os problemas do Acesso Adolfo Ziguélli
Especial - Os problemas do Acesso Adolfo Ziguélli
Na semana que passou a prefeitura anunciou a contratação de uma empresa para elaborar um projeto de melhorias no Acesso Adolfo Ziguélli, o mais importante e movimentado dentro da cidade. O trecho que Ligia aos bairros da cidade alta já não comporta mais o número diário de veículos e nem é adaptado e adequado para o uso dos pedestres.
Percorremos a pé boa parte da extensão do acesso e não é difícil perceber os problemas que estão espalhados no trecho, e que estão bem claros nas fotos que ilustram esta reportagem. O que mai se percebe pelos motoristas são as pistas simples, que não permitem ultrapassagens e que ficam ainda mais complicadas quando veículos pesados trafegam pelo local. Um problema difícil de resolver em alguns pontos, já que a prefeitura permitiu construções de casas que impedem qualquer tipo de obra para alargar as pistas. Faltou planejamento para impedir que as moradias fossem construídas e visão de futuro a quem concedeu os alvarás. Mas boa parte do acesso ainda pode ser duplicado sem a necessidade de remoção das casas, ou desapropriações, o que já resolveria em muito o problema do tráfego. Quanto ao limite de peso para a via, existe uma recomendação, mas não é proibido que veículos pesados trafeguem pelo acesso. Uma temeridade devido a situação precária do trecho. Em dois pontos, entre o trevo com a Nunes Varela até a segunda curva no acesso, e após a rótula que dá entrada ao bairro Boa Vista, a duplicação poderia ser feita sem problemas, já que os espaços são consideráveis e estão disponíveis sem a necessidade da derrubada de árvores, ou grandes intervenções. Exigiria investimentos, mas poderia ter sido pelo menos iniciado em qualquer das últimas administrações que passaram. O que se constata foi que faltou vontade de se fazer grandes projetos, um problema crônico de Joaçaba. Pedestres A situação para os pedestres é ainda pior do que a dos motoristas. Para quem passa de carro pelo local é difícil perceber, mas é praticamente impossível caminhar pelo acesso sem ter que ir para a pista em alguns pontos, ou mesmo notar que não existem calçadas adequadas, ou decentes, em boa parte do trajeto. Para quem desce dos bairros Anzolion e Nossa Senhora de Lourdes, o que existe é o chão batido e uma calçada apertada antes de chegar a rótula do Boa Vista. Em dias de chuva é mais complicado ainda. Sem contar o risco de atravessar a via movimentada sem que existam faixas de pedestres, a não ser em frente a uma empresa. Na parte onde existe calçada, no trecho entre o mirante e a rótula do Boa Vista, também há perigo, já que nenhum tipo de proteção é oferecida ao pedestre em um dos lados, onde um enorme barranco é o limite. Poderia existir algum tipo de cerca, ou até mesmo corrimão para proteger quem passa pelo local. Um pouco mais adiante, para quem desce, existe ainda outra calçada, mas o espaço é muito apertado e boa parte do piso já não existe mais. No restante da descida pedras e terra. Perto do trevo com a Vila Pedrini mais mostras de que nem a mínima condição foi respeitada. Não existe calçada, o acostamento de chão batido é curto e ainda existem placas colocadas no meio. No local há um ponto de ônibus e deve ser muito complicado descer, ou embarcar na terra e ainda mais sem qualquer espaço. Isso tudo foi percebido em uma simples caminhada, e são apenas constatações de quem não tem o conhecimento científico de engenheiros. Por isso mesmo o trabalho de se fazer um projeto digno para o local não deve ser fácil. A empresa contratada iniciará nos próximos dias o levantamento. Após concluir os trabalhos, que segundo prefeito Rafael Laske devem contemplar melhorias em tudo o que citamos, é que será iniciada a busca de recursos para que uma das mais necessárias obras da história de Joaçaba seja realizada.