Família de homem assassinado está estarrecida com liberdade de acusada do crime, diz advogado

Ela estava presa desde novembro e foi colocada em liberdade nesta quinta-feira.

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Dr. Alexandre é advogado assistente de acusação e representa os dois filhos da vítima - Imagens: Foto: Portal Éder Luiz
Dr. Alexandre é advogado assistente de acusação e representa os dois filhos da vítima - Imagens: Foto: Portal Éder Luiz

A família de Valdemir Hoeckler, de 52 anos, assassinado e que teve o corpo colocado dentro de um freezer, em Lacerdópolis, no Meio-Oeste catarinense, ficou indignada com a decisão de liberdade da acusada do crime, Claudia Hoeckler, de 40 anos, que conseguiu um habeas corpus e já deixou Presídio Regional de Joaçaba

A informação é do advogado de acusação, que representa dois filhos da vítima, dr. Álvaro Alexandre Xavier. Em entrevista ao Portal Eder Luiz, ele disse não concordar com a soltura da mulher e que a família não recebeu bem a decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

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"A princípio, em relação à liberação, a família ficou estarrecida com a decisão, pois uma pessoa que, de forma premeditada, executa o cônjuge, amarrando e colocando no freezer com a intenção clara de ceifar a vida do mesmo, e mais, de forma dissimulada enganar todas as autoridades, ajudando na procura da vitima, nunca, jamais deveria estar em liberdade", disse.

O advogado ainda reforça que a decisão abre precedentes para outros criminosos presos, ressalta que o argumento utilizado, de que ela sofreu abuso no dia anterior, não tem provas e que o habeas corpus não entra no mérito do processo.

"Cabe esclarecer que o habeas corpus tão somente verifica se o réu tem condição de responder o processo em liberdade. Qualquer argumento que diga que a ré foi libertada abuso um dia antes do crime, seria delirante, pois o habeas corpus não entra no mérito da questão. Vale ressaltar que a indignação não é somente da família, mas de todos que estão acompanhando o caso".

"Se abre desta forma um perigoso precedente, pois apenas argumentar que sofreu abuso sem prova alguma, se colocar como vítima, é no mínimo imoral. Tantos se encontram encarcerado, que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, não conseguem o famigerado habeas corpus. Eu, como advogado da família, junto com a mesma, nos indignamos com essa decisão sem qualquer fundamento, que ampara assassinos. No tribunal do júri, será a ré totalmente desmascarada, e por certo cumprirá a mais longa pena".

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