Ferrovia do Contestado - O início!

Saiba como teve início a história da nossa ferrovia.

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Ferrovia do Contestado - O início!

Em 9 de novembro de 1889, poucos dias antes da proclamação da república brasileira, o Imperador D. Pedro II outorgou a concessão dessa estrada-de-ferro a Teixeira Soares. Sua construção teve início em 1897, no sentido norte-sul, tendo o trecho de 264 km entre Itararé e Rio Iguaçu (em Porto União) sido concluído em 1905.

Em 1908 o americano Percival Farquhar, através de sua holding Brazil Railway Company, adquiriu o controle da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande (EFSPRG) Antevendo o enorme potencial de lucro que poderia obter com a exportação de madeira das densas florestas centenárias de araucária existentes na região (sob a copa das araucárias havia imbuias com mais de 10 metros de circunferência) - em terras que viria a receber como doação do governo federal, nos termos do contrato de concessão da ferrovia - já fundara, anteriormente, a Southern Brazil Lumber & Colonization Company, que se tornou conhecida como a Lumber.

Farquhar incumbiu o engenheiro Achilles Stenghel de chefiar o ousado empreendimento. Este mandou recrutar, nas principais cidades brasileiras e até no exterior 4.000 operários - mediante a oferta de altos salários e boas condições de trabalho - para aumentar o contingente de mão de obra, que chegou a atingir 8.000 trabalhadores, distribuídos ao longo de 372 km da ferrovia.

O trecho de Porto União a Taquaral Liso foi inaugurado em 3 de abril de 1909 pelo presidente Afonso Pena.

A estrada-de-ferro São Paulo-Rio Grande, a nossa Ferrovia do Contestado, foi solenemente inaugurada em 17 de dezembro de 1910. Uma enchente ocorrida em maio de 1911 derrubou a ponte provisória, de madeira, sobre o Rio Uruguai, interrompendo seu tráfego, que só voltou a ser totalmente restabelecido quando da instalação, em 1912, da Ponte de Marcelino Ramos em aço que se encontra em serviço até hoje. A Ferrovia atravessa vários municípios da região, que viveram um "período de ouro" quando as locomotivas passavam por aqui. Na década de 90 o Governo Federal entregou o trecho para a iniciativa privada e ela foi esquecida.

Agora, uma iniciativa da Associação dos Engenheiros Civis do Meio Oeste Catarinense (Aencimoc), com a produção do Portal Éder Luiz e patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina Crea-Sc, vai promover duas lives e divulgar reportagens sobre a história e a visão para o futuro para saber o que fazer com a Ferrovia do Contestado.

Lives!

História e fatos marcantes - dia 14 de julho, quarta-feira, ás 20h, nos canais do Portal Éder Luiz no Facebook e Youtube

Ferrovia do Contestado - O que fazer com este Patrimônio - dia 28 de julho, quarta-feira, às 20h, nos canais do Portal Éder Luiz no Facebook e Youtube

Participe, envie fotos e sugestões para o projeto - [email protected] e (49) 9 8851-5151

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