Fusão Sadia-Perdigão pode voltar atrás
A fusão Sadia-Perdigão ainda não está garantida, informa reportagem da Folha On Line.
A fusão Sadia-Perdigão ainda não está garantida, informa reportagem da Folha On Line.
Mesmo depois de uma das decisões mais complexas da história do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o conselheiro Ricardo Ruiz, 45, responsável pela negociação do acordo que possibilitou a aprovação do negócio, diz que agora é que começa um período crítico: garantir que as exigências do conselho sejam cumpridas. Pelo acordo, a BRF (Brasil Foods, empresa resultante da fusão) terá de suspender a marca Perdigão de produtos como lasanha e pizza congelada de três a cinco anos e vender um pacote de ativos a um mesmo concorrente. Ruiz diz que olhará cada detalhe. O Cade determinou que o pacote vendido represente capacidade de produzir 730 mil toneladas ao ano --a BRF detalhará o que será incluído. "Não aceitamos pacote diferente. Se não tiver 730 mil toneladas, a empresa terá problemas sérios; no limite, pode chegar ao desmonte da fusão", disse à Folha.