Gigante do e-commerce em SC volta à mira do Procon como “líder de reclamações no ano”

Procon SC afirma ter recebido 715 reclamações formais e deu 20 dias para a empresa se manifestar.

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(Foto: Divulgação)
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A Yeesco, de Brusque, voltou à mira do Procon, apontada como “líder de reclamações neste ano” em Santa Catarina. Desta vez, é o órgão estadual de defesa do consumidor que está cobrando informações sobre mercadorias não entregues. Gigante do e-commerce, figurando entre os 10 maiores sites de moda do Brasil, a empresa pediu recuperação judicial por causa de dívidas milionárias com fornecedores.

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O Procon SC afirma ter recebido 715 reclamações formais contra a Yeesco entre 2023 e 2024. Por isso, deu 20 dias para a empresa esclarecer quais destas foram solucionadas e quais ainda estão pendentes. Além disso, a loja deve apresentar o comprovante de pagamento da restituição do valor devolvido a consumidores lesados e comprovante de entrega dos produtos que estavam atrasados.

A Yeesco ainda precisa apresentar provas e explicações de defesa sobre a enxurrada de reclamações. Em caso de descumprimento, o Procon SC diz que irá abrir um processo administrativo contra o e-commerce.

Em junho deste ano, a empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Santa Catarina. No documento, se comprometeu a pagar R$ 80 mil de indenização pelos atrasos nas entregas de produtos. A Yeesco chegou a acumular mais de 62 mil queixas registradas no site Reclame Aqui, o que levou o Procon de Brusque a proibir as vendas online da empresa.

A companhia perdeu na Justiça as duas contestações que tentou, mas reconquistou o direito de voltar a vender pela internet com o TAC. “Entretanto, as reclamações não cessaram. A Yeesco segue com muita dificuldade em cumprir seus acordos comerciais e tenta, com a recuperação judicial, evitar falência e cumprir seus contratos”, informou o Procon SC em nota.

A empresa de Brusque pediu recuperação judicial há pouco mais de um mês. Nas alegações, diz enfrentar uma crise financeira desde 2023 e que teria sido agravada por fatores como o avanço da Shein e da Shoope, que absorveram parte significativa do mercado on-line. Cita ainda problemas de pagamento com transportadoras que acabaram retendo mercadorias e aponta que 100 mil pedidos não foram entregues por causa dessa situação.

A Yeesco menciona, inclusive, o TAC firmado com o Ministério Público após uma onda de reclamações na plataforma Reclame Aqui. A situação teria gerado o cancelamento de pedidos, várias solicitação de reembolso e ajudado a reduzir drasticamente as vendas da empresa.

Conforme os documentos apresentados no pedido de recuperação judicial, a empresa soma R$ 53 milhões em dívidas com fornecedores. A empresa tenta evitar a falência com a renegociação dos débitos. Atualmente, a Yeesco é responsável direta por cerca de 150 vagas formais de trabalho. A gigante do e-commerce de SC foi procurada pela reportagem, mas disse que não se manifestará sobre o caso.

Fonte:

NSC

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