Golpistas levam R$ 18 mil em golpes pela região
Golpistas levam R$ 18 mil em golpes pela região
O delegado regional de Caçador, Luiz Antônio Piazzon, lamentou a ocorrência do golpe conhecido como “bilhete premiado”, que lesou uma senhora de aproximadamente 70 anos em R$ 10 mil. O crime aconteceu na tarde da última quarta-feira, 1º, quando a vítima foi abordada na rua e induzida a sacar a quantia no banco, em troca de um bilhete de loteria supostamente premiado.
Para o delegado, o banco deveria tomar mais cuidado na tentativa de evitar esse tipo de golpe. “Neste caso o funcionário da agência deveria ter solicitado mais informações sobre o procedimento, ainda mais por se tratar de uma idosa, ligar para algum familiar já que essa informação consta no registro do cliente do banco, ou ainda comunicar a Polícia Militar”, opina Piazzon. Em concórdia uma idosa também foi vítima do mesmo tipo de golpe. A senhora de 70 anos perdeu R$ 8 mil para os golpistas. Entenda o golpe O golpista, com jeito de caipira pouco esperto ou de pessoa humilde, pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio de loteria ou outro sorteio. As vítimas típicas são pessoas idosas, às quais é mostrado o bilhete premiado (forjado ou falso), juntamente com um documento da Caixa Econômica Federal (também falso ou forjado) constando o número do bilhete premiado e o valor do prêmio. Se for concurso tipo "mega sena" será mostrado um comprovante dos números sorteados (verdadeiro ou falso) e um falso bilhete com aposta nos mesmos números. Às vezes eles apresentam um verdadeiro bilhete com aposta nos números ganhadores de um concurso anterior (veja exemplo abaixo), e um comprovante dos números sorteados naquele concurso, contando com a falta de atenção da vítima quanto ao número do concurso. Em alguns casos o bilhete é forjado com o número de um bilhete que realmente ganhou, assim o documento para comprovar o sorteio não precisa ser falsificado (pode ser um jornal). A caminho da Caixa Econômica, e depois de muita conversa, o golpista propõe à vítima de lhe vender o bilhete premiado por uma fração do seu valor. Em alternativa poderá apresentar a proposta como um pedido de ajuda para resolver problemas. Ajuda na qual a vítima supostamente sairia ganhando. Para justificar a generosa oferta dirá que tem pressa porque o ônibus para sua cidade parte em 15 minutos, que esqueceu ou perdeu os documentos (e não pode retirar o prêmio), que está desorientado com a burocracia ou com a "cidade grande", que é analfabeto, que tem alguém esperando ele, que a mãe dele está no hospital etc... Se a vítima cair nesta conversa sacará o dinheiro da própria conta bancária e o entregará ao golpista em troca de um bilhete que não vale nada. Existem casos onde o golpista, em vez de dinheiro (que pode não estar disponível na conta da vítima), aceita valores como jóias etc... Existem variantes onde, para pressionar ou incentivar a vítima a ir sacar seu dinheiro no banco, no meio da conversa com o golpista que oferece o bilhete, aparece um comparsa se dizendo pronto a comprar o bilhete (aí a vítima pode achar que está perdendo um bom negócio), ou se oferecendo como sócio da vítima na compra do bilhete e mostrando parte do dinheiro necessário, ou ainda, prestativo, ajuda, ligando com o seu celular, a verificar que o bilhete é mesmo "premiado".