Morreu nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, dia 18, o jovem de 18 anos que foi ferido por disparo de arma de fogo ao tentar tirar a arma de uma agente da Polícia Civil, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. O rapaz estava na UTI do Hospital São Francisco e não resistiu. Ele foi atingido no abdômen.

O fato aconteceu na tarde de quinta-feira, dia 17, quando policiais civis chegaram na residência onde ele morava para cumprir mandado de busca e apreensão, pelo crime de tráfico de drogas. O jovem foi quem atendeu os policiais. Ao ser informado da visita, ele teria empurrado um dos agentes e fechado o portão da garagem, deixando uma policial presa com ele no interior da garagem. No recinto também estava um cachorro da raça Pit Bull. 

De acordo com nota da Polícia Civil, o rapaz teria tentado tirar a arma da policial, que reagiu com um disparo que atingiu o abdômen dele. Nesse meio tempo, os policiais que ficaram do lado de fora conseguiram abrir o portão da garagem e alvejaram o cachorro, que estava na iminência de atacar a policial.

O jovem foi atendido pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Concórdia e encaminhado para o Hospital São Francisco, onde passou por intervenção cirúrgica na noite de ontem. Porém, faleceu na UTI durante as primeiras horas da manhã de hoje.

Polícia divulga nota sobre o fato

A Polícia Civil divulgou uma nota sobre o fato. Confira na íntegra.

"No dia (17/3/2022), por volta das 16h00min, Agentes de Polícia Civil da DIC e do SIC de Concórdia deslocaram-se até uma residência situada na Rua Marcelino Ramos, Bairro Imperial, em Concórdia, para dar cumprimento a um mandado de busca e apreensão, em decorrência de investigação relacionada ao tráfico de drogas.

 A residência possuía difícil acesso, além de os moradores possuírem um cão da raça pitbull.

Os Policiais Civis chegaram ao local e interfornaram, quando o investigado L. Y. P. (18 anos) foi até o portão e o abriu. Na sequência, foi informado que a PCSC estava dando cumprimento a um mandado de busca e apreensão na residência, momento em que o investigado investiu contra o Delegado de Polícia, empurrando-o para fora, e fechando o portão eletrônico.

No entanto, uma Agente de Polícia Civil já havia passado pelo portão, tendo ficado sozinha no local, encurralada entre o portão fechado e a parede da garagem, com o investigado em seu cão a sua frente. Os demais Policiais Civis estavam do lado de fora, porém não conseguiam abrir o portão, que somente abre de dentro para fora.

Importante destacar que o portão não era vazado e, por isso, os Policiais Civis não conseguiam visualizar o que estava acontecendo, ou seja, quem estava do lado de fora não via o que acontecia dentro e vice-versa.

Nesse ínterim, o investigado e seu cão foram em direção à Agente de Polícia Civil que estava sozinha, com a intenção de tentar tirar a arma dela, momento em que ela efetuou um único disparo em direção a L. Y. P., com a intenção de fazer cessar a agressão, tendo-o atingido na região do abdômen. Após, fora efetuado um disparo em direção ao cão, mas o animal não fora atingido.

Quando os demais Policiais Civis conseguiram arrombar a porta da garagem, a Agente de Polícia Civil estava prestes a ser atacada pelo cão, momento em que o Delegado de Polícia efetuou um disparo que atingiu fatalmente o cachorro.

Na sequência, a Polícia Civil acionou os Bombeiros Voluntários, que compareceram ao local para prestar socorro ao investigado e o encaminharam até o Hospital São Francisco.

O Instituto Geral de Perícias também fora acionado e compareceu ao local dos fatos para realização de perícia.

O mandado judicial fora cumprido, tendo sido apreendido dinheiro e o telefone celular do investigado.

Cumpre esclarecer que, no início da tarde, a PCSC (DIC e SIC) já havia dado cumprimento a outro mandado de busca e apreensão, esse no Bairro Nova Brasília, oportunidade que fora apreendido, aproximadamente, 1 kg de maconha.

Os dois mandados de busca e apreensão estão relacionados entre si e fazem parte da mesma investigação.

Com relação aos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico de drogas, o inquérito policial está em andamento.

Quanto aos disparos efetuados pelos Policiais Civis durante a diligência, outro inquérito policial será instaurado para apurar o ocorrido.

ÁLVARO WEINERT OPITZ

Delegado de Polícia Civil

Coordenador da DIC/Fron de Concórdia"