Mesmo com previsões pessimistas os produtores associados da Copercampos investiram em tecnologia e agora, com mais de 80% da safra de milho já colhida o que se constata é o descontentamento de alguns agricultores. Isso porque uma doenças nas plantas desenvolveram grãos ardidos do cereal, prejudicando assim, a qualidade do produto entregue nas cooperativas.

De acordo com o coordenador do Departamento Técnico da Copercampos, Engenheiro Agrônomo Marcos Schlegel, o excesso de chuvas na floração e também no enchimento dos grãos teve grande influência para o surgimento da doença. “Esta foi uma safra atípica e a Diplodia trouxe grandes problemas quanto à qualidade do milho de nossa região. Houve casos de que 40% do total de milho colhido em uma propriedade era de milho ardido e com isso o produtor perdeu”, ressalta Schlegel. Mas nem tudo foi ruim para os produtores de milho. Muitos agricultores diminuíram a área de plantio da cultura em virtude do fenômeno climático La Niña, porém em boa parte das lavouras, o que se visualiza até o momento é a alta produtividade. “Acreditamos que a produtividade obtida até agora será mantida até o final da colheita e com isso a média passará de 150 sacos/ha para 160 sacos/60kg por hectare, fazendo com que a safra 2010/2011 seja a mais produtiva da história da região de Campos Novos”, comenta o Engenheiro Agrônomo. A valorização do cereal no mercado interno é outro ponto de destaque, pois na safra anterior, o milho foi comercializado a no máximo R$ 16,00 o saco/60kg e hoje o preço do saco do cereal oscila entre R$ 25,00 e R$ 26,00.