Microexplosão atingiu Oeste de SC, confirma Epagri/Ciram
Rajadas de vento de até 130 km/h com chuvas causaram destelhamentos de casas, quedas de árvore e alagamentos na região.
A forte tempestade que atingiu o Oeste de Santa Catarina nesta quinta-feira (30), no início da tarde, foi confirmada pela Epagri/Ciram como uma microexplosão. A principal região afetada pelo fenômeno foi a de São Miguel do Oeste.
As fortes tempestades, com rajadas de vento chegando a 130 km/h, causaram destelhamentos de casas, quedas de árvores e objetos e alagamentos. Os transtornos prejudicaram o funcionamento de serviços de saúde e vias foram bloqueadas.
Segundo o órgão, a análise preliminar foi feita com base em imagens de radar e também nos danos provocados.
As tempestades que atingem o Estado, de acordo com a Epagri, estão associadas à formação de um sistema de baixa pressão em superfície, à corrente de jato superior e convergência em baixos níveis da atmosfera.
“O elevado aporte de umidade do ar em Santa Catarina favoreceu a formação de nuvens de tempestade severa, denominadas de supercélula, que podem originar fenômenos como tornado ou microexplosão”, detalhou.
Tornado ou microexplosão: entenda a diferença
Segundo a Epagri, microexplosões ou tornados estão associados a rajadas de ventos intensos com danos significativos, como corte de árvores e arremesso de objetos.
São fenômenos que, em poucos minutos, se intensificam e se desfazem, causando grandes estragos e atingindo uma área muito restrita, como bairros dentro de um município.
Enquanto o tornado apresenta ventos extremamente fortes em forma de redemoinho (nuvem funil), na microexplosão os ventos intensos se deslocam da nuvem em direção ao solo em linha reta, em um corredor de vento (sem redemoinho).
“Dessa forma, os estragos em uma área de vegetação serão bem diferenciados, o que permite uma caracterização do fenômeno”, concluiu o órgão.