Ministério Público investiga caso das crianças que tiveram as bocas tapadas com fita adesiva em SC

Secretaria de Estado da Educação informou que a professora será afastada.

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(Imagem ilustrativa)
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que investiga a denúncia de que duas alunas, de 6 e 7 anos, tiveram as bocas tapadas com fita adesiva por uma professora auxiliar por "falarem demais". O caso ocorreu em uma escola estadual de Biguaçu, na Grande Florianópolis.

Segundo o órgão, a ocorrência é apurada, em procedimento próprio, pela 4ª Promotoria de Justiça da cidade. O processo corre em sigilo. A Secretaria de Estado da Educação (SED) informou que a profissional será afastada.

>>>Leia também: Crianças têm boca tapada com fita adesiva em escola de SC

Em uma rede social, Mario JunCrianças têm boca tapada com fita adesiva em escola de SCior, pai de uma delas, disse que as crianças passaram uma aula inteira com a fita na boca na segunda-feira (19). Elas são primas.

"[A professora] se sentiu no direito de colocar uma fita (isso mesmo) na boca dela e de uma outra criança, alegando que ela também não parava de falar e deixou ambas uma aula inteira com a fita na boca", escreveu o pai.

Um boletim de ocorrência foi registrado por uma das mães, e a Polícia Civil informou, na quarta-feira (21), que pediu informações à unidade, de forma preliminar.

O g1 voltou a entrar em contato com a polícia nesta quinta-feira (22), mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.

O caso

Segundo Maria Vitória Cunha, mãe de uma das meninas, a professora alegou que "fez a brincadeira do silêncio" quando questionada.

Ela relatou que soube do caso por uma vizinha, que também tem uma filha na escola. Em seguida disse que se encontrou com a equipe da escola.

"Depois que a menina contou pra gente, a gente foi perguntar para ela [a filha], e ela confirmou. A outra menina [a prima] também confirmou. Realmente foi o que aconteceu. E outros colegas da sala tiveram a mesma fala", comentou.

Ao g1, a SED informou que o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) vai atender as estudantes.

Liliane Cristina Pedro, mãe da outra criança, registrou um boletim de ocorrência relatando que a filha "sofreu uma agressão" na unidade.

"Botaram uma fita adesiva no colégio por falarem demais. Elas são primas e são muito unidas, sempre estão brincando juntas", afirma.

Fonte:

G1

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