Moradora de Capinzal denuncia suposta negligência médica em hospital
Unidade de saúde emite nota e refuta acusações.
Nos últimos dias, um vídeo circulou nas redes sociais, expondo a indignação de uma moradora de Capinzal diante da perda de sua avó, acompanhada de críticas ao Hospital Nossa Senhora das Dores e a uma médica que prestou atendimento à paciente falecida.
Em entrevista à Capinzal FM, Thais Barth levantou a possibilidade de negligência. "Considero como negligência por parte, não somente de uma pessoa, mas de todo o hospital, por diversas vezes a gente procurou que minha vó não estava bem, que a medicação não estava fazendo efeito. Eles falavam que estava tudo bem, que não precisava se preocupar. Ela entrou com infecção na bexiga e uma semana depois faleceu com infecção generalizada".
Em resposta às acusações, a diretora do Hospital Nossa Senhora das Dores, irmã Adelaide Frizo, divulgou uma nota de esclarecimento na manhã desta segunda-feira (23).
Na declaração, a congregação das Servas de Maria Reparadoras negou veementemente as alegações de negligência e descreveu, minuciosamente, o tratamento prestado à paciente e os esforços da equipe médica para garantir sua transferência para um hospital de maior complexidade.
A nota ressaltou a complexidade do sistema de regulação de leitos, enfatizando os procedimentos a serem seguidos, especialmente no caso de pacientes atendidos pelo SUS.
Nota de Esclarecimento
A CONGREGAÇÃO DAS SERVAS DE MARIA REPARADORAS, proprietária do HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES, tendo em vista vídeos e comentários que circulam, principalmente por meio de rede social Instagram e pelo aplicativo WhatsApp, desde o dia 16 de outubro de 2023, vem a público esclarecer o que segue:
Primeiramente entendemos a dor dos familiares pela perda de um ente querido, e sempre prezamos pelo respeito daqueles que se foram e principalmente para os que ficaram para dar continuidade a vida.
Mas a dor não pode ser utilizada para levantar relatos inverídicos e que denigrem a imagem não apenas do Hospital, mas de todos os seus membros e colaboradoras (os) que arduamente trabalham para salvar vidas diariamente.
O relato trazido por Thais Barth, o qual é recheado de equívocos, inverdades e tem o escopo de denegrir a imagem de pessoas, entidades e instituições que trabalham arduamente para prestar o melhor atendimento aos pacientes, que provavelmente viralizam em redes sociais.
A CONGREGAÇÃO DAS SERVAS DE MARIA REPARADORAS, não pode compactuar e muito menos ficar calada diante de tantas inverdades.
Em relação a avó dessa moça, podemos dizer que a paciente de 75 anos de idade veio de sua residência, após 36 dias de cirurgia cardiológica em Xanxerê sendo internada pelo SUS no dia 04-10-2023, apresentando febre alta, foram realizados todos os exames para o seu tratamento. Dia 10 o seu quadro clinico agravou-se, foi solicitada a transferência via SISREG (Sistema nacional de regulação de leitos), neste caso para um Hospital que atende SUS de maior complexidade, visto que o Hospital de Capinzal é de pequena e média complexidade.
Na primeira tentativa de transferência HOUVE recusa por parte do Hospital de maior complexidade, onde o médico mandou fazer exames específicos.
Devido a recusa, o Hospital Nossa Senhora das Dores providenciou os exames sugeridos em local diverso, após a realização destes exames foi novamente, inserida no SISREG para nova transferência, dessa vez foi conseguida a vaga, porém, com a morosidade de exigências de exames requeridos pelo outro hospital e devido o SAMU estar transferindo outra paciente deste hospital para Lages, a paciente em questão só poderia ser encaminhada após o retorno do SAMU, e neste meio tempo houve piora no seu quadro clinico, não resistindo, infelizmente veio a óbito.
A transferência não foi realizada, não por culpa do hospital de capinzal ou da médica, mas sim pela recusa do primeiro hospital, tudo isso tem prova documental.
Entendemos importante esclarecer:
1- Uma vez, que o paciente é internado pelo SUS, a sua transferência somente se dá mediante sistema SISREG, onde se cumpre várias exigências. Em anexo seguida de exames, diagnóstico, quadro clinico, justificativa (paciente de maior gravidade) do pedido de transferência descrito pelo médico responsável. Esta transferência só ocorrerá se houver disponibilidade de Vaga.
2- Os familiares dos pacientes que são internados pelo SUS, podem assinar a alta a pedido, e assumem o risco, e se responsabilizam pela busca de uma vaga em outro hospital;
3- Os Pacientes com internação particular ou convênio, a transferência é sempre autorizada desde que haja vaga em outro hospital e tenha um médico que assuma os cuidados deste paciente. O Hospital não é uma cadeia, e o sistema do SISREG existe para evitar que os pacientes do SUS sejam transferidos sem a devida vaga, caso contrário o paciente retorna ao hospital de origem.
Portanto, a acusação que traz o vídeo feito pela neta da paciente, trata-se de uma inverdade e uma calunia, sendo que as medidas judiciais serão tomadas.
Infelizmente, o sistema do sus, tem suas regras para transferências de pacientes, sendo que a análise da vaga e do pedido de transferência tanto o médico como nosso hospital não têm gerência.
Não podemos esclarecer a evolução e estado real da paciente devido o sigilo de dados que todos os pacientes tem direito.
Em relação aos comentários dos seguidores dela, serão analisados um por um e cada comentário serão tomadas as medidas cabíveis.
Portanto, não há resistência do hospital em transferir nenhum paciente sus, o que ocorre é que, se for paciente particular e convênios, também terá que cumprir regras de cada hospital para transferência, mas se for pelo sus tem que ser incluído no SISREG e aguardar a vaga.
Em relação a prescrição de medicamentos, é importante esclarecer que em âmbito Hospitalar e Ambulatorial a prescrição de medicamento é ato médico, mas a medicação é ministrada pela equipe de enfermagem, não tendo o médico sequer acesso ao medicamento.
Já em relação as expressões injuriosas usadas nos vídeos e nos comentários dos seguidores, são expressões preconceituosas por se tratar de congregação religiosa, sendo que não é permitido descriminar ninguém pela raça, cor ou religião.
O Hospital existe desde 1947, atende em média diariamente 140 pessoas, ademais, as pessoas que criticam geralmente não fazem nada pela comunidade, tudo querem de graça, enquanto que no caso das irmãs, elas trabalham somente para viabilizar a existência de serviços à população, como no caso do hospital
O Hospital pertence a congregação das irmãs servas de maria reparadoras, e tem parceria com os municípios, e tem contrato com o convênio sus, desta forma, não é público, mas presta serviços à população há mais de 26 municípios do meio Oeste Catarinense.
Também cabe esclarecer, que:
a) À atual Diretora do Hospital Nossa Senhora Das Dores, assumiu a Direção da Entidade em 27-11-2012, e além de ser freira, (Irmã) também tem formação em Administração de Empresa, Contabilidade e Pós-Graduação em Gestão Hospitalar;
b) À funcionária do setor financeiro tem formação em Administração de Empresa e Pós-Graduação em Gestão Hospitalar;
c) A colaboradora de faturamento tem formação em Tecnóloga em Gestão Empresarial com várias atualizações em faturamento hospitalar;
d) No Departamento Pessoal, a funcionária tem formação de Analista de Recurso Humanos e Pós-graduação em Gestão de Pessoas;
e) O Diretor Técnico com formação em Medicina e especialização em Cirurgia Geral
f) O Diretor Clinico, formação em Medicina e Especialização em Anestesiologia. O Hospital ainda conta com assessórias em projetos e emendas, com formação em Contabilidade e Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Tem Assessória Jurídica com formação em Direito, com Administração e várias pós-Graduações.
Não se podendo nominar todas as formações de toda equipe, somente, colando em relação a Administração. Além de treinamentos e aprimoramento de toda a equipe administrativa e técnica.
Não bastasse a equipe de administração, conta com a colaboração de AMIGOS DO HOSPITAL, que é composta por vários empresários com anos e anos de Administração Empresarial, que ajudam e colaboram.
Não sei qual a formação dessa moça que gravou o vídeo, mas posso afirmar que com certeza, não deve ter sequer 30% da formação de nossa equipe, não tendo embasamento para criticar ou denegrir a imagem do Hospital, o que é gravíssimo.
Por fim esclarecemos que todos os colaboradores do Hospital Nossa Senhora das Dores, tem formação na área em que atuam, são profissionais zelosos e que vão buscar fazer o melhor para a preservação da saúde e vida dos pacientes.
Pois o profissional que trabalha em Hospital, é aquele que deixa sua família aos cuidados de Deus, para cuidar da família dos outros.
O Hospital Nossa Senhora das Dores, desde 1947, está com suas portas abertas 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias no ano, pronto para atender a população de Capinzal e região.
Obrigado, Direção do HNSD
