Mpox pode comprometer os órgãos e ser mais letal

De maneira geral, o vírus mpox é transmitido por relações sexuais, contato direto com as lesões e por gotículas.

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Foto: SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/GettyImages
Foto: SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/GettyImages

O surto causado por uma mutação do vírus mpox mais letal colocou o mundo em alerta. A doença se espalhou pela República Democrática do Congo, pelos países vizinhos como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, e já chegou a Suécia. Pela segunda vez em dois anos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a Mpox uma emergência de saúde pública global.

Existem dois grandes clados (grupos) do vírus identificados até agora. Na epidemia de 2022, o clado 2 se disseminou pela Europa e região das Américas. Menos agressivo, promovia uma doença mais leve.O clado 1, que não levou a essa epidemia, ficou restrito à República Democrática do Congo (RDC), na África.

Este tipo mostrou ser mais agressivo, com maior mortalidade. Atualmente, há uma variante desse vírus chamada clado 1b. Essa forma parece ser bastante transmissível, letal e compromete com mais gravidade os órgãos vitais. O risco de óbito é maior. De maneira geral, o vírus mpox é transmitido por relações sexuais, contato direto com as lesões e por gotículas.  

"Não há estudos que mostram se a nova cepa é mais transmissível que a de 2022, quando teve a epidemia. O que dá para afirmar é que a doença é mais grave do que a do surto de 2022", explica o médico Eduardo Medeiros, diretor científico da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia).

Fonte:

Folha de S. Paulo

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