Segundo ofício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, emitido nesta segunda-feira (17), o Japão suspendeu temporariamente a importação de produtos avícolas de Santa Catarina.Esta situação se deu após a confirmação, no sábado, de um caso de gripe aviária de alta patogenicidade em uma galinha no Município catarinense de Maracajá.

A situação se repete, depois que no último dia 28 de junho, o país asiático anunciou embargo temporário após a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H1N5) em uma criação de subsistência no município da Serra, no estado do Espírito Santo. 

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O ofício aponta que, “conforme informado pela adidância brasileira em Tóquio Adidância, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão - MAFF informou que as inspeções de importação de aves vivas, carne de aves e ovoprodutos do estado de Santa Catarina estão suspensas no Japão. Informamos que o MAPA está realizando as gestões necessárias para prestar os devidos esclarecimentos às autoridades japonesas”.

O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, afirma que as exportações de carne de frango vão muito bem, mas agora há este ponto de atenção muito grande no mercado, que é a questão da gripe aviária. 

“O Japão é muito importante quando nós falamos no contexto geral das exportações. Claro, unidades industriais de outros Estados podem absorver essa lacuna que o setor catarinense vai deixar, mas muito me preocupa, porque o entendimento que a Organização Mundial para a Saúde Animal (OMSA) tem em relação a aves de fundo de quintal é que isso não deveria causar impacto em relação a fechamento de mercado, ou incorrer em prejuízo para a avicultura de corte. O Japão está adotando uma medida fora deste protocolo, e abre o precedente para fazer isso em outros Estados”. 

Segundo a plataforma ComexStat do Governo Federal, neste primeiro semestre de 2023, o Japão se configurou como o segundo país que mais importou carne de frango in natura e processada do Brasil, correspondendo a 11%. O país só perde para China, que neste período, respondeu por 20% das compras.

O Notícias Agrícolas entrou em contato com a assessoria de imprensa do MAPA para obter um posicionamento oficial a respeito, mas ainda não houve retorno. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou, por meio de assessoria de imprensa, que falará a respeito após a emissão de uma nota do Ministério.