“Política é coisa de homem.” Essa afirmação está mais do que ultrapassada nos dias atuais. Pelo menos em Campos Novos, a atitude das mulheres em relação à política tem evidenciado que a classe feminina está se posicionando e mostrando que também pode participar efetivamente na transformação da sociedade através da política.

O tema tem sido uma questão de grande importância nas últimas décadas, e Campos Novos está na vanguarda desse movimento. Em 2024, há mulheres se colocando à disposição, inclusive para cargos no Poder Executivo. Mas o que realmente motiva essas mulheres a entrar na política? Seriam elas movidas pela necessidade de preencher cotas ou pelo desejo genuíno de promover mudanças significativas em suas comunidades?

Historicamente, a política foi um campo predominantemente masculino, mas a implementação de cotas para mulheres visou criar um ambiente mais inclusivo. Por algum tempo, alguns acreditaram que as mulheres só se colocavam à disposição para preencher a cota de 30%, mas hoje acredita-se que as intenções das mulheres são trabalhar para fazer a diferença.

Contudo, apesar desse avanço, a presença feminina na política ainda enfrenta desafios e preconceitos. Campos Novos, no entanto, está mostrando que a participação das mulheres vai além do cumprimento de cotas; trata-se de uma verdadeira busca por impacto e transformação. A cidade está testemunhando uma série de candidaturas femininas que trazem consigo uma visão de desenvolvimento e mudança.

O portal do Éder falou com algumas mulheres atuantes que viram na política mais uma forma de contribuir para a sociedade. Vamos ver o que elas pensam sobre esse tema. Desde pré-candidatas a prefeitas até novas faces no Legislativo, cada uma traz uma história de protagonismo e transformação.

Claudia Dalmolin: Compromisso e Coragem

Claudia Dalmolin, pré-candidata a vice-prefeita de Campos Novos pelo PL, traz uma perspectiva inspiradora sobre a entrada das mulheres na política. "Muitos falam em cotas, sobre a regra dos 30%, e eu acho que essa norma ajudou muito no início," diz Claudia. No entanto, ela enfatiza que as mulheres precisam ir além das cotas, mostrando que são membros atuantes e essenciais na sociedade. Com uma carreira sólida como gestora e empresária, Claudia acredita que o envolvimento feminino na política é uma extensão natural de sua dedicação ao trabalho e à família. "Hoje estou na política não para cumprir a cota de 30%, mas sim porque acredito que podemos fazer o melhor pela nossa terra, pelo nosso povo e por nossas famílias," declara.

Celina Manfroi: Transformação e Igualdade

Celina Manfroi, candidata a prefeita por Campos Novos, reflete sobre os desafios enfrentados pelas mulheres na política. Ela aponta a falta de apoio e preparação oferecida pelos partidos como um dos principais obstáculos. "Os partidos não preparam as mulheres, mas na hora da eleição, eles precisam delas," critica Celina. Ela destaca a importância de uma base sólida de conhecimento e apoio familiar para que as mulheres possam competir em igualdade de condições. "Eu entrei na política impulsionada pela cidade onde quero viver. A boa política muda para melhor a vida das pessoas, ela é um meio de transformação social," afirma Celina. Sua motivação para concorrer ao Executivo é baseada em um projeto sólido, construído com conhecimento e fundamentado na realidade de Campos Novos.

Rosangela de Sá: Empatia e Solução

Para Rosangela de Sá, técnica de enfermagem e candidata a vereadora, a política é um caminho para ampliar sua capacidade de ajudar as pessoas. "Na minha profissão, já consigo impactar vidas. Na política, meu alcance será ainda maior," afirma. Rosangela acredita que as mulheres provaram que têm força e coragem para enfrentar os desafios políticos, e que sua participação vai muito além de preencher números. Ela vê na política a oportunidade de levar soluções efetivas para a comunidade, com um olhar atento às necessidades das pessoas.

Camila Girardi: Eficácia e Humanidade

Camila Girardi, candidata a vereadora, também compartilha sua visão sobre o papel das mulheres na política. Para Camila, a presença feminina é essencial para trazer um olhar mais humano e solidário à gestão pública. "Sempre fui uma pessoa que faz questão de se envolver em questões sociais, que geram mudança e melhoria na vida das pessoas," diz. Camila enfatiza que sua trajetória no setor privado, no voluntariado e em cargos públicos, como na Fundação Cultural e na Secretaria de Assistência Social, a preparou para assumir um papel mais ativo na política. "Com voz ativa, consigo ir mais longe e ajudar a solucionar mais problemas das pessoas," conclui.