Professor catarinense coordena pesquisa inovadora

O professor Dr.

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O professor Dr. Rudy José Nodari Junior, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), está coordenando uma pesquisa científica que envolve professores das universidades brasileiras Federal de Alagoas (UFAL) e Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, e da universidade espanhola Las Palmas de Gran Canária (ULPGC). A investigação, inovadora tanto na área do esporte como nos estudos da área da saúde, trata-se do trabalho de conclusão do Pós-doutorado de Rudy e utiliza-se da Dermatoglifia – metodologia que estuda características genéticas a partir das impressões digitais – para verificar se há e reconhecer padrões genéticos presentes em atletas de algumas das melhores equipes de futsal, handebol, voleibol e saltos ornamentais do mundo e em portadores de doenças como Mal de Alzheimer que possam indicar potencialidades para as capacidades físicas necessárias para os diferentes esportes ou a predisposição genética para as doenças investigadas.

A coleta de dados iniciou em 2010 com atletas brasileiros de equipes como a Malwee Futsal – campeã da Liga Nacional e da Superliga em 2010 – e teve continuidade com a coleta de impressões digitais em seis países europeus, realizada entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011. Nesses três meses na Europa, a equipe envolvida no trabalho coletou as impressões digitais dos integrantes de 21 equipes de futsal da Espanha, Itália, Portugal e Bélgica – entre elas Barcelona, Luparense, Benfica e Action 21, que são as campeãs dos campeonatos nacionais da modalidade nesses países; das oito melhores equipes de vôlei feminino da Espanha; da Seleção Espanhola Júnior Masculina de Handebol; de nove equipes de saltos ornamentais que participaram do Campeonato Europeu dessa modalidade; das equipes de basquete feminino e masculino, vôlei masculino e feminino, futsal e futebol feminino de Gran Canárias; do tenista espanhol Nicolas Almagro – 14º no Ranking Mundial e campeão do Aberto de Tênis do Brasil; e de 216 pessoas que foram incluídas na pesquisa como grupos especiais: 73 idosos portadores de Mal de Alzheimer, um portador de Distrofia Muscular Progressiva e 142 pessoas para formar os grupos de controle (pessoas que não são atletas das modalidades pesquisadas nem portadoras das doenças mencionadas e cujas impressões digitais servirão para serem comparadas aos grupos pesquisados). A coleta de impressões digitais de atletas e de pessoas que apresentam diferentes doenças continuará a ser desenvolvida, mas a tabulação dos dados reunidos até fevereiro deve ser concluída em outubro, quando as conclusões encontradas com o tratamento dos mesmos serão publicadas por meio de artigos, entre outros formatos de publicações científicas. Pesquisadores O trabalho de coleta das impressões digitais nos países europeus teve a contribuição de professores doutores formados nas áreas de Fisiologia do Exercício, Treinamento Desportivo, Ciências do Movimento, Biomecânica, Saúde Humana, Estatística e Física. São eles Arnaldo Tenório da Cunha Júnior (da UFAL), Rodrigo Vale (Universidade Estágio de Sá), Juan Manuel Martin Gonzales, David Gustavo Rodríguez Ruiz, Samuel Sarmiento Montesdeoca e Miriam Quiroga, sendo estes últimos da ULPGC, onde o trabalho de coleta das impressões digitais foi sediado durante os três meses em que elas ocorreram na Europa. Também participaram do trabalho de coleta de dados e integram o projeto de pesquisa o mestrando Júnior Panizzi, que está desenvolvendo sua dissertação a respeito de marcas genéticas e esporte de rendimento, e a acadêmica de Educação Física da Unoesc Aline Gálio. “Esta variedade de expertises se dá pelas inúmeras possibilidades da Dermatoglifia. As associações entre genética, bioinformática, a observação de estruturas fractais e a matemática não linear garantem a interação entre os profissionais que, neste caso, colocam-se a serviço da Educação Física e, por conseqüência, da qualificação da performance e da saúde humana”, destaca Rudy. Ele ainda acrescenta que a realização da coleta de impressões digitais nos países europeus foi possível graças ao secretário geral da Rede Euroamericana de Motricidade Humana, Dr. Estélio Henrique Martin Dantas, que a propôs ao professor Dr. Juan Manuel Garcia Manso, coordenador do Laboratório de Anlisis y Planificacion de Entreinamiento da ULPGC; como também pela participação da Unoesc por meio de apoio financeiro e do esforço do professor Edmar de Oliveira Pinto – coordenador do Curso de Educação Física no Campus de Joaçaba, do Vice-reitor Acadêmico Nelson Machado dos Santos e do Reitor Aristides Cimadon. Leitor Dermatoglífico Todo o trabalho de coleta de impressões digitais de 766 indivíduos – o que implica em 7660 impressões digitais a serem analisadas, uma vez que cada uma é fonte de dados distinta – foi realizado com a utilização do Sistema Informatizado do Método Dermatoglífico para Análise da Impressão Digital como Marca Genética, também chamado de Leitor Dermatoglífico. Essa tecnologia – desenvolvida pelo professor Dr. Rudy Nodari Júnior e o tecnólogo em Informática Alexandre Heberle com o apoio acadêmico da Unoesc – é considerada o Gold Standard, isto é, a melhor prática possível na metodologia dermatoglífica. Trata-se de um equipamento associado a um software que faz a leitura e a análise das impressões digitais de maneira informatizada, aumentando em quatro vezes a precisão e reduzindo para menos de 10% o tempo de análise em comparação com o método que era utilizado e considerado o padrão ouro mundial na Dermatoglifia antes da sua validação científica. A empresa que detém o direito de comercialização desse equipamento é a Salus Tecnologia em Dermatoglifia, instalada na Incubadora Tecnológica de Luzerna, cidade vizinha a Herval d’Oeste, onde residem Rudy e Alexandre, e a Joaçaba, onde estão situados a Reitoria e um dos quatro Campi da Unoesc. Segundo Rudy, o equipamento já começou a ser comercializado para laboratórios de pesquisa e academias, levando a Dermatoglifia e todas as suas potencialidades para o dia-a-dia das pessoas.

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