SC confirma dois novos casos de mpox; apenas 34% das vacinas foram aplicadas

Pacientes são de Florianópolis e Joinville; estado já registrou uma morte pela doença.

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Foto: Getty Images
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Santa Catarina registrou dois novos casos da mpox, anteriormente chamada de “varíola dos macacos”. Os pacientes são de Florianópolis e Joinville e tiveram as confirmações na semana passada. O estado não registrava novas ocorrências da doença desde maio deste ano. Além disso, apenas 34% das vacinas recebidas já foram aplicadas.

A primeira e única morte por mpox em Santa Catarina foi confirmada em novembro de 2022. A vítima era moradora de Florianópolis. Os sintomas da doença incluem dor de cabeça, no corpo, além de calafrios, febre, cansaço e feridas na pele. Atualmente, o Brasil é considerado um país de risco baixo para o atual surto da doença.

Apesar disso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC), alerta para o baixo índice de pessoas imunizadas em Santa Catarina, mantendo um estoque com mais de duas mil doses há mais de um ano, sendo um dos estados que menos aplica doses da doença no país.

Entre março e julho de 2023, por exemplo, Santa Catarina recebeu 3.308 doses da vacina contra mpox, mas apenas 1.120 foram aplicadas. O número de aplicação representa 34% dos imunizantes recebidos. Segundo a diretora da Dive-SC, Regina Valim, o imunizante é destinado para uma parcela pequena da população, por isso, a aplicação é baixa.

— Foi disponibilizada para aquelas pessoas imunossuprimidas, particularmente os pacientes com Aids com imunossupressão — explica.

Regina ainda pontua que as mais de duas mil doses em estoque estão dentro da validade e serão usadas para contenção de possíveis novos casos da doença no estado.

— A partir de um caso índice, você faz a vacinação nos contactantes justamente para que a gente não tenha surto, não tenha epidemia — sinaliza.

Em Joinville, 30 doses da vacina foram recebidas ano passado e aplicadas em quem recebeu orientação médica para isso. Atualmente, não há mais doses disponíveis na cidade e nem previsão de quando outras remessas chegarão.

A Dive-SC aguarda orientação do Ministério da Saúde sobre uma possível ampliação do público-alvo da campanha.

— A gente não sabe ainda quanto o Brasil vai conseguir comprar mais de vacinas. Dependendo de como for esse quantitativo, eles vão provavelmente estipular um perfil populacional para receber a vacina — finaliza.

Situação da mpox em SC

Os casos de mpox são monitorados e acompanhados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) desde 2022. Ao longo de 2024, foram confirmados 12 casos no estado, em três municípios. O último caso havia sido registrado em 16 de maio. 

Em 2022, foram 439 casos registrados no Estado, em 33 municípios. Além disso, houve uma morte, em Balneário Camboriú, de um homem de 23 anos.

Já em 2023, foram 50 casos registrados em 18 municípios catarinenses. Naquele ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou fim da Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional.

O que é mpox

A mpox é uma doença endêmica em países da África Central e Ocidental, cuja transmissão entre humanos ocorre por contato físico próximo ou direto com lesões infecciosas ou úlceras mucocutâneas, inclusive durante a atividade sexual, gotículas ou contato com materiais contaminados.

Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, falta de energia e gânglios linfáticos inchados, que podem ser acompanhados de erupção cutânea. A orientação, caso sinta estes sintomas, é procurar atendimento médico.


Fonte:

NSC

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