Sindicato dos médicos de SC pede medidas urgentes contra Covid-19
Simesc manifestou preocupação com o enfrentamento ao coronavírus e citou negligência com profissionais da saúde.
O Simesc (Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina) manifestou preocupação com estado atual do enfrentamento ao coronavírus em Santa Catarina. Pedindo novas medidas às autoridades, o sindicato afirmou que médicos e profissionais da saúde não podem continuar “sob impacto da desconsideração e da negligência”.
No documento publicado na sexta-feira (27), o sindicato cita a ocupação de mais 80% dos leitos SUS de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a classificação de grave e gravíssimo para todas as regiões na matriz de risco potencial e a alta na taxa de transmissibilidade do vírus.
“Médicos e demais profissionais da saúde não podem continuar sob o impacto da desconsideração e da negligência, ampliando seus níveis de estresse, adoecendo e eventualmente levando a Covid-19 para casa”, diz a nota. (veja abaixo).
O sindicato cobra ainda ações urgentes para intensificação da fiscalização e pede que as autoridades tenham “coragem de adotar as medidas necessárias”.
“O Sindicato dos Médicos não deseja mais doentes e muito menos mais mortes e, para que isso seja possível, a luta contra a Covid-19 tem que ser uma luta de todos!”.
O documento também pede a colaboração da população, afirmando que mesmo com decretos e resoluções, ainda há flagrantes de aglomeração em ambientes públicos e privados. A recomendação do Simesc é que se mantenha o uso correto de máscaras e a higienização das mãos.
Confira nota na íntegra
Coronavírus: É preciso fazer muito mais!
A liberdade tem que andar de mãos dadas com a responsabilidade!
O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), manifesta grande preocupação com o estado atual do enfrentamento à emergência em saúde causada pelo Coronavírus. Mais de 80% dos leitos de UTI/SUS estão ocupados, todas as regiões do mapa estão em risco grave ou gravíssimo, e os índices de transmissão da doença só sabem fazer crescer.
Afrontando decretos e resoluções, muitos expõem suas vidas e as de outros em flagrantes momentos de aglomeração (que estão proibidas!), em ambientes públicos e privados. Entendemos adequada a retomada das atividades econômicas, mas não podemos deixar de praticar o uso correto de máscaras e a higienização das mãos.
Autoridades buscam ampliar os leitos, adquirir insumos, contratar pessoal, mas é preciso fazer mais! A fiscalização para o cumprimento das regras por parte dos cidadãos precisa ser urgentemente intensificada!
Médicos e demais profissionais da saúde não podem continuar sob o impacto da desconsideração e da negligência ,ampliando seus níveis de estresse, adoecendo e eventualmente levando a Covid-19 para casa.
Se estamos em guerra, precisamos agir como em guerra!
Que nossas autoridades maiores – governador do Estado, presidentes da ALESC e do Tribunal de Justiça, representantes do Ministério Público, da Federação dos Municípios, do Conselho Estadual de Saúde e dos conselhos municipais venham a público, JUNTOS!, liderar este processo e exigir da população o empenho de TODOS nesta luta que não é só nossa!
Que estas autoridades – e todas as demais não nominadas, tenham a coragem de adotar as medidas necessárias (e talvez duras!) neste momento de vulnerabilidade crescente. Sem constrangimentos à liberdade individual, mostrar a todos que a liberdade deve vir de mãos dadas com a responsabilidade!
O Sindicato dos Médicos permanecerá apoiando os médicos e instando-os a seguirem as orientações oficiais, premissa da vida democrática.
O Sindicato dos Médicos não deseja mais doentes e muito menos mais mortes e, para que isso seja possível, a luta contra a Covid-19 tem que ser uma luta de todos!
A Diretoria