Troca de hospitais e ‘atrocidade’: inquérito indicia mãe e padrasto por estupro de bebê em SC

Crime ocorreu na última semana em Laguna.

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Troca de hospitais e ‘atrocidade’: inquérito indicia mãe e padrasto por estupro de bebê em SC

A Polícia Civil indiciou a mãe e o padrasto de uma bebê de 1 ano, que deu entrada no Hospital de Laguna, no Sul catarinense, em estado grave no último dia 21, pelo crime de estupro de vulnerável. O inquérito foi concluído no sábado (29) e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para análise.

A mãe e o padrasto ainda devem ter pena aumentada, quando julgados, em razão do parentesco com a criança e pelo crime ter sido realizado por duas pessoas. Seguindo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o ND+ optou por não divulgar o nome dos investigados para não expor a criança.

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Conforme detalhou a investigação, a violência contra a bebê ocorreu no dia 20, entre 18h e 23h, quando apenas a genitora e seu companheiro, com quem mantinha um relacionamento há dois meses, estavam no apartamento.

A polícia informou ainda que a bebê teve lesões, tanto vaginal quanto anal, e precisou passar por uma cirurgia para reconstituição. Segundo o pai biológico, a criança já está em casa e passa por um processo de recuperação.

Relembre o caso

O caso veio à tona na manhã do feriado de Tiradentes (21), após o Hospital de Laguna comunicar que, durante a madrugada, havia sido feito um atendimento emergencial numa criança com suspeitas de violência sexual, mas que a genitora, quando comunicada da situação, fugiu do local.

Logo, a polícia passou a apurar o caso e descobriu que a criança havia sido levada para um hospital em Criciúma, onde profissionais também apontaram a suspeita do crime sexual. A Polícia Científica confirmou a violência após exames.

No apartamento do casal, onde teria ocorrido o estupro, os investigadores encontraram o suspeito de 27 anos, que foi preso em flagrante. Segundo a polícia, o local já havia sido alterado, porém permanecerem vestígios importantes à investigação.

Após a prisão, a Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Laguna deu sequência a investigação, com a coleta de depoimento de 13 pessoas, análise de prontuários médicos e solicitação de perícias.

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Negligência

Um outro ponto que chamou a atenção dos investigadores é que a mãe da criança, apesar de ter sido informada sobre o crime, retirou a criança do Hospital em Laguna e a trouxe de volta para casa.

Segundo a investigação, a bebê só foi levada para um hospital em Criciúma, por volta das 10h do dia seguinte, ficando sem atendimento adequado por aproximadamente seis horas.

Além disso, a polícia apontou que o padrasto não acompanhou a criança nos hospitais e permaneceu no apartamento, onde o crime ocorreu; já mãe da bebê apresentou comportamento evasivo e questionou a suspeita médica.

Diante disso, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da genitora, de 30 anos, que foi deferida pelo juízo e cumprida no dia 27. Após audiência de custódia, a prisão preventiva foi substituída por domiciliar. Já o companheiro permanece preso no Presídio de Laguna.

“Atrocidade”

Conforme destaca o delegado William Testoni Batisti, que presidiu a investigação, “a atrocidade cometida contra a criança foi tamanha que demandou extremo profissionalismo dos policiais envolvidos, para que o caso não nos atingisse pessoalmente”.

Bebê em segurança, diz pai

O pai biológico da criança disse que ela já está em casa e tomando a medicação receitada. Ele revelou ainda que a guarda da bebê era compartilhada com a mãe, porém até que o processo seja concluído, o direito permanecerá apenas com o progenitor.

Fonte:

ND+

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