YouTube deleta 400 canais após denúncias de exploração sexual infantil

Rede era usada por pedófilos para troca de informações, links e, principalmente, vídeos de pornografia.

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Foto: Divulgação
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O YouTube anunciou nesta quinta-feira (21) que mais de 400 canais foram tirados do ar, assim como dezenas de milhões de comentários de usuários, devido às denúncias de exploração sexual infantil. Além das retiradas, a empresa disse ter compartilhado o conteúdo das postagens e também dados de contas envolvidas no esquema com as autoridades competentes, que estariam conduzindo uma investigação.

O escândalo foi revelado no começo da semana pelo blogueiro Matt Watson, que descobriu uma rede de contatos à plena vista no YouTube, usada por pedófilos para troca de informações, links e, principalmente, vídeos de pornografia infantil. Vídeos e clipes disponíveis na própria plataforma, mas não divulgados publicamente, também eram trocados entre eles.

O conteúdo compartilhado, muitas vezes, trazia closes ou menores em posições indiscretas, com conteúdo editado a partir de materiais originais não voltados para isso. O sistema de recomendações entregava ainda mais conteúdo dessa categoria, enquanto muitos dos vídeos eram monetizados, gerando renda para os responsáveis pelos canais.

O comunicado do YouTube foi publicado em resposta a outro vídeo de denúncia, do criador Philip DeFranco. A empresa afirma ter trabalhado nas últimas 48 horas para desmantelar a rede de pedofilia encontrada no site, desabilitando comentários em vídeos que eram usados para esse fim e removendo os canais que compartilhavam conteúdo ou realizavam postagens desse tipo do ar.

Segundo a empresa, o escopo da rede estaria na casa das dezenas de milhões de vídeos. O YouTube admite, entretanto, que esse é apenas o começo e que a empresa não vai poupar esforços para manter a segurança na plataforma. Nesse processo, o time de moderação deve ganhar mais pessoal, enquanto proteções adicionais serão aplicadas para lidar especificamente com o conteúdo pedófilo.

A fala reflete, com alguns números, o comunicado enviado pelo YouTube ao Canaltech no início da semana, quando o escândalo foi detonado na imprensa. A empresa já havia afirmado agir junto às autoridades com o compartilhamento de dados de usuários, além de proibir esse tipo de publicação na plataforma, com contas sendo banidas e vídeos retirados do ar.

Os esforços chegam, também, em resposta ao posicionamento de grandes empresas como Disney, Nestlé e Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, um dos games de maior sucesso no YouTube. Todas anunciaram a revogação de contratos de publicidade por tempo indeterminado, até que uma postura rígida seja tomada em relação ao escândalo.

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Com informações de Canal Tech

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